sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Tecnologia da Informação, Música e a Educação Especial

Melodia, Harmonia e Ritmos formam os elementos fundamentais da música, com estudo tradicionalmente dividido em Teoria Musical e Solfejo.A execução de uma obra musical é realizada pela leitura das figuras presentes na partitura, o que requer do instrumentista um domínio na teoria musical, podendo este distinguir, em frações de segundos, a tonalidade da nota, o ritmo a ser seguido e, em alguns momentos, os comandos do regente. Porém, alguns, por maior domínio instrumental que possuam, acabam sempre por desafinar. A causa não se dá, na maioria dos casos, pela falta de dedicação no estudo da teoria musical ou da qualidade do instrumento utilizado, e sim pela falta do estudo básico do solfejo [Schubert 1966], uma vez que a teoria musical compreende a relação entre a simbologia e a prática musical; rodeada por métrica e regras, essa bem aceita pela maioria dos músicos, enquanto que a prática do solfejo, que normalmente sofre uma repulsão por parte dos estudantes não é tão acatada e decantada pelos iniciantes da musica.

Embora a leitura musical seja de grande importância para a formação musical, os alunos iniciantes apresentam certa dificuldade no aprendizado da música através de uma metodologia rígida. Porém, quando tratamos de crianças com deficiência, de conduta típica ou de altas habilidades, a abordagem através de recursos pedagógicos e metodológicos específicos promovem uma melhora didática de ensino [Glat e Nogueira 2002].

A introdução da Tecnologia da Informação como estímulo no meio da educação especial permite repensar o modelo tradicional da sala de aula, o que exige considerável atenção voltada à qualidade da educação, ao papel do professor e para as pessoas com necessidades especiais, as quais constantemente vivenciam práticas exclusivistas [Beck 2007]. A aplicação de recursos computacionais, sejam eles hardware ou software, promovem a acessibilidade, o poder crítico e o estímulo do trabalho em grupo, oferecendo aos participantes a descoberta do “outro”, de suas limitações e da sua interação com universo sociocultural, valorizando principalmente a condição da pessoa humana [Glat e Nogueira 2002].


Dentro desta premissa, é importante que os educadores reconheçam sua função como mediadores e estimuladores da investigação, do descobrimento e da construção do conhecimento pelo aluno com a utilização de recursos inovadores. Como ressalta Beck (2007) ao dizer que “os estímulos que cada indivíduo recebeu, quando criança, irão influenciar na elaboração do conhecimento, impulsionando-o a novas buscas”.

Colaboração :
Lisieux Marie Marinho dos Santos Andrade/Bacharel de Ciência da Computação/UNIPÊ
Mestranda da Universidade Federal da Paraíba – UFPB

Referências:

Beck, F. L. (2007) “A Informática na Educação Especial: interatividade e representações sociais”, Caderno de Educação - FaE/PPGE/UFPel, no. 28, p. 175 -196.


Cardoso, B., e Mascarenhas M. (1973), Curso Completo de teoria Musical e Solfejo - vol. 1, Irmãos Vitale, 8ª edição.

Schubert, G. (1966), Método Expositivo de Teoria Musical, Record, 1a edição

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