Aristóteles, há muitos anos atrás, observou que o uso hoje difundido do sistema decimal, é o resultado do acidente anatômico de que, quase todos nós nascemos com dez dedos nas mãos e dez nos pés. Historicamente contar pelos dedos parece ter surgido mais tarde que a contagem por dois e três. Um estudo de várias centenas de tribos entre os índios americanos, indicou que, aproximadamente um terço usava a base decimal, outro terço um sistema quinário ou quinário-decimal, menos de um terço tinha um esquema binário ou ternário, enquanto 10 por cento o sistema vigesimal (base 20). Já os babilônios usavam o sistema sexagesimal (base 60), o qual usamos até hoje para medir tempo, os ângulos ( minuto e segundo); ao maias na América Central, usavam o sistema na base vinte.
O sistema decimal foi introduzido pelos hindus no Século 8, mas adotado e difundido pelos árabes que mantinham intensas relações comerciais com os outros povos, razão de hoje chamarmos de algarismos arábicos, cuja aritmética decimal é usada até hoje no mundo inteiro.
As outras bases (diferentes da decimal), com utilização prática e conveniente as novas tecnologias, podemos citar: binária usada na engenharia do computador (tensão alta e tensão baixa); octal em segurança de redes de computadores; hexadecimal usada no meio de armazenamento computacional de informações; a base 3 em Topologia para representar os elementos do conjunto ternário de Cantor.
Finalmente, a Matemática nunca se comprometeu com nenhuma base, seus resultados não dependem da base em que os números são escritos, de forma que, a adoção da base decimal é de ordem prática ou social.
Fonte:
LIMA, Elon Lages. Matemática e o Ensino. Rio de Janeiro : SBM, 2008.
BOYER. Carl Benjamin. História da Matemática. São Paulo : Editora Blucher, 2003.
gostei das informações.
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