A Respiração na Altitude
Em
partidas de futebol dos Campeonatos Libertadores das Américas e Copa
Sul-Americana, ouve-se falar que jogos em altitude elevada, como em La Paz
(Bolívia), a respiração fica comprometida, dizem que é porque o ar é rarefeito,
dificultando o desempenho dos atletas que estão acostumados a baixas altitudes.
Vamos a explicação científica deste fato:
O
ar atmosférico tem a seguinte concentração em sua composição (valores
aproximados): 79.01% de nitrogênio, 20.95% de oxigênio, 0.04% de dióxido de carbono
e outros gases como hélio, hidrogênio e outros, além de uma concentração
variável de vapor de água, a qual caracteriza a chamada umidade do ar. Sabe-se
também que esta concentração pose ser considerada a mesma desde o nível do mar
até aproximadamente 30.000 metros de altitude, assim, por exemplo, em La Paz a percentagem
de oxigênio é a mesma que no Rio de Janeiro.
O
que de fato dificulta a respiração em altitude elevada?
A
pressão atmosférica do ar diminui se
aumentamos a altitude. O aproveitamento do oxigênio durante a respiração
depende da pressão do ar que chega aos pulmões, o qual passa a ter importância
na fisiologia da respiração. A pressão atmosférica pode ser expressa
matematicamente da forma
p=760 x (0.885)h/1000
torr
onde p é a pressão, h é a altura
em relação ao nível do mar, medida em metros e torr é a unidade de medida, Torricelli. Assim, ao nível do mar, h=0 e a
pressão é de 760 torr; a 1000 metros de altura a pressão é de 672.6 torr, a
2000 metros e de 595.25 torr, de forma que, é a queda da pressão atmosférica que dificulta
a respiração dos atletas em jogos em altitude elevada.
Fonte: Cálculo para Ciências
Médicas e Biológicas: Airton Fontenelle (UFC) e outros; Editora Harbra.
“O único lugar aonde o sucesso
vem antes do trabalho é no dicionário” Einstein