terça-feira, 12 de setembro de 2017

A Respiração na Altitude

A Respiração na Altitude
                Em partidas de futebol dos Campeonatos Libertadores das Américas e Copa Sul-Americana, ouve-se falar que jogos em altitude elevada, como em La Paz (Bolívia), a respiração fica comprometida, dizem que é porque o ar é rarefeito, dificultando o desempenho dos atletas que estão acostumados a baixas altitudes. Vamos a explicação científica deste fato:
                O ar atmosférico tem a seguinte concentração em sua composição (valores aproximados): 79.01% de nitrogênio, 20.95% de oxigênio, 0.04% de dióxido de carbono e outros gases como hélio, hidrogênio e outros, além de uma concentração variável de vapor de água, a qual caracteriza a chamada umidade do ar. Sabe-se também que esta concentração pose ser considerada a mesma desde o nível do mar até aproximadamente 30.000 metros de altitude, assim, por exemplo, em La Paz a percentagem de oxigênio é a mesma que no Rio de Janeiro.
                O que de fato dificulta a respiração em altitude elevada?
                A pressão  atmosférica do ar diminui se aumentamos a altitude. O aproveitamento do oxigênio durante a respiração depende da pressão do ar que chega aos pulmões, o qual passa a ter importância na fisiologia da respiração. A pressão atmosférica pode ser expressa matematicamente da forma
p=760 x (0.885)h/1000 torr
onde p é a pressão, h é a altura em relação ao nível do mar, medida em metros e torr é a unidade de medida,  Torricelli. Assim, ao nível do mar, h=0 e a pressão é de 760 torr; a 1000 metros de altura a pressão é de 672.6 torr, a 2000 metros e de 595.25 torr, de forma que,  é a queda da pressão atmosférica que dificulta a respiração dos atletas em jogos em altitude elevada.
Fonte: Cálculo para Ciências Médicas e Biológicas: Airton Fontenelle (UFC) e outros; Editora Harbra.

“O único lugar aonde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário” Einstein

Ciências Médicas e Biológicas e a Matemática


                Durante muito tempo a Matemática e a Física (pilares da Engenharia), caminharam juntas com benefícios mútuos. Mais recentemente (com relação à Física), conquistas de vários ramos da Engenharia foram viabilizadas após o uso de técnicas matemáticas no problema matematizado.
                Já na Medicina a viabilidade do tratamento matemático em seus problemas são postos em dúvida e criticados, com o argumento que os processos biológicos são amplos e mudam constantemente, tornando a Matemática inadequada e muitas vezes impossível. Por outro lado, é visível que o avanço científico é lento, se conduzido em grande parte em termos intuitivos e, expostos na linguagem usual, de forma que os problemas precisam ter suas variáveis identificadas e relacionadas de modo lógico para que a matematização seja viável e que ferramentas matemáticas pertinentes possam apoiar na solução rápida do problema.
                Atualmente, as técnicas e métodos para compreensão e análise da variabilidade biológica estão ao alcance da Probabilidade e Estatística no qual apoiado por computadores, processam grande quantidade de dados e variáveis mostrando relações possíveis entre elas. Lembre que após a matematização do problema, você seguirá as leis do pensamento matemático colaborando assim com a solução, sugerindo ao pesquisador roteiros de como chegar ao objetivo.
Fonte: Cálculo Para Ciências Médicas e Biológicas: Airton Fontenelle (UFC) e outros; Editora Harbra.
“ Tomando a Matemática desde o início do mundo até o tempo de Newton, o que ele fez é de longe a melhor metade” Leibniz